segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Melodia dos mortos

Incontáveis coisas que acontecem
e os olhares nunca mudam.
Sozinho você ainda estará meu garoto,
mesmo que se passem mil anos.
Talvez amenize a dor, tormar um pouco
daquelas pílulas amarelas, mas se lembre:
nunca busque prescrições meu garoto.
Talvez seja tempestade numa tapinha d'agua,
mas é bem provável que a causa seja essa vontade
de fazer parte do que não existe.
Posso lhe fazer uma pergunta meu garoto?
(Eu sei que também escuta a canção da morte.
Melodia que vem de tudo que se vê e tocada
pelo invisível.).
Você ainda tem medo?
No escuro sua visão fica mais clara e a maldição
é ainda ter esperança mesmo que padecendo
de cancer.
O que posso lhe dizer meu garoto?
Posso lhe pedir fé e que não desista?
Se o fizer, se perderá na retóriaca e
nunca mais voltará.
Será mais um que não pagou o barqueiro
da terra de hades.
Você já se tornou um meu garoto?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O tropeçador de estrelas

Com as idéias nas nuvens,
tropeçei nas palavras
que escrevi.
Dos pensamentos indizíveis,
fiz estórias e contos da
carochinha.
Ergui castelos de cartas e
destruí dinastías.
Por isso,
Desculpe-me.
Sou um tropeçador de estrelas.

Cantarolando alguma música
que me descobre
quem sou,
deixei de ver o "o que"das coisas.
Tentando lembrar
aquele último verso
da poesia de Drumond,
Pareci mágico e lhe
deixei fora do "Número mais importante".
Por isso,
Desculpe-me
Sou um tropeçador de estrelas.

Me tornei bom arqueiro
de palavras e lancei
dardos venenosos.
Li meus livros como bulas.
segui arrisca as instrusões
e no final, tive minha alma
roubada por J.D Sallinger.
Por isso,
Desculpe-me.
Sou um tropeçador de estrelas.

Fui à marte e te deixei
com os pés fincados em
terra.
Fui senhor do império da lua.
Brinquei de pirata e
você ficou à deriva.
A ver navios que
nunca apareceram.
Tornei-me proprietário
de sete mares secos.
Por isso,
Desculpe-me.
Sou um tropeçador de estrelas.

Um tropeçador de estrelas.


Fabio Alavez

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Foto antiga

O que fazer quando os dedos se vão com os anéis?
Quando o "Amém" deixou de ser o final e
chegamos cansados em casa ao amanhecer?
Todos os que acreditavam já se foram
e os dia são mais curtos agora.
Nossas fotos hoje tem o amarelo artificial
dos efeitos especias.
Com as frases, o que fazemos além de promessas?
Amanhã esqueceremos esses dias,
e nunca mais estaremos aqui.
Por enquanto achamos que tudo veleu a pena
e que podemos consertar tudo.
Talvez no final, voltemos ao ponto de partida.
Os dedos sejam devolvidos
e os anéis esquecidos.

O apanhador

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O inverno sem fim

Ainda não acordamos,
e já vão elas.
As formigas não param.
Lá do alto apenas formigas.
inofensiva formigas.

Do pesado trabalho, esperam
a recompensa e acreditam nas
promessas de uma inverno
tranquilo e farto.

A cigarra bem que disse:
-Insetos de coração duro!-
Sem os sonhos que deixaram
na cama,
seguem a trilha de migalhas.
Formiga, apenas formigas.
Sem escolhas, tiraram as
escolhas da pobre cigarra.
E eu, mera formiga,
não pude fazer nada.


Fabio Alavez

terça-feira, 28 de abril de 2009

O menino da calçada

Perdeu o ônibus da vida.
Sentado na calçada espera
o abraço do pai.
Ele nunca virá.
Ninguem lhe ensinou
que não se deve olhar pra
trás e
de mundo em mundo,
foi perdendo os sonhos.
Dos casos de amor, só
ficaram os prontuários
médicos.
Suas roupas legais, são
vazias agora e sua
pilha de livros uma
bela fogueira.
Sua infância ficou
perdida na caixa dos velhos
brinquedos e se pergunta
quando desaprendeu a
sonhar.
Quase não dormi, quase não come
e nos copos até acha um
pouco de paz.
No silêncio da noite ouviu
o vazio da vida.
As caminhadas sem rumo,
já não lhe trazem cansaço
e tudo o que viu a memória
esqueceu.
Da vida espera o fim; com
algum medo talvez, num
grande trago bebeu o que
restou de si e começou
esperando o fim.

O apanhador

sábado, 25 de abril de 2009

A morte do inconfidente

Já viveu por detrás dos muros da cidade
e nunca sentiu falta de sorrisos.
Caminhou pelo deserto e
também foi tentado.
Ontem, esteve do lado certo,
hoje não sabe o "cep" de casa.
Do que adiantou não sorrir?
E de quantos copos ergueu a solidão?
Pobre soldado de lugar nenhum,
transformou amor em forca e
caminhou em direção da morte.
Um inconfidente sem causa,
foi o judas de sua própria vida.


O apanhador

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A volta do messias

Ele já perdeu o que tinha de mundo
e observa tudo por detrás do muro.
Só, pela a cidade
sabe o que lhe aguarda,
Conheci o ditado no fio
da navalha.

Acordou banhado em sangue.
Já perdeu todos os sonhos.
Está em jejum da vida,
se desencontrou do
messias.

Dos anjos pensou entender,
e até acreditou que podia
ter fé.
Em fundos de rios, quis
se encontrar.
No espelho da morte não
podê afundar.

Em cegas gillettes quis redenção,
o nó do passado lhe perta o pescoço.
De livro em livro, pulou, e acabou
no fundo do poço.

No fim derradeiro olhará
pro cêu, e talvez lhe venha
uma canção a cabeça.
Na poesia da morte,
Só há o silêncio e
um pouco de descrença.


O apanhador

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Os ponteiros

O meu relógio pela manhã,
seguiu levandos os dias:
O que hoje é passado,
a minha idéia de mundo
e o que me aflingia.
Em troca, deixo o medo
de altura, a poesia e a fé em outros dias.

O relógio,
levou meus amores e o
vermelho dos meus boletins.
Me fez morrer e ver nascer outros
de "mins".

O relógio,
me viu crescer e entender
de política.
Me viu sair de casa e voltar
no outro dia.

O relógio,
Cronometrou minha solidão,
e me deixo pensar te-lo nas mãos.
Foi implacável com meus erros e
Fez contagem regressiva para o fim
dos meus dias.

Os ponteiros me esqueceram.

O relógio,
marcou meus medos e
minhas noites de isonia.

Castigou meus joelhos,
minha mente e meu coração.
Levou amigos, parentes e
nunca devolveu de mim nenhuma fracção.

O relógio me mudou,
me deixou achar que conhecia o
outro.
Me fez errar o mesmo erro de novo,
de novo e de novo.

Os minutos me fizeram pai.

O relógio parou.
Naquela noite os ponteiros ficaram
imoveis, e depois andaram.


Fabio Alavez

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Os olhos

De tantas maneiras te vi,
e todas elas deixo aqui.
Para que tios, amigos e afins,
possam lhe ver um pouco por mim.

O mundo gira,
e as posições se invertem
e o tempo tranforma tudo
em história.
Do amor somos reféns,
e nunca seremos mera "estória".

Os olhos muitas se enganam,
que não se confundam os desavisados.
Pois as flores de sua alma,
Ultrapassam de longe, tatuagens, taças de martini e cigarros.
Quem briga por um pedaço de palco,
segui simplismente o coração.
Mas "Os Coronéis" vêem tudo,
menos paixão, força e determinação.

O mundo gira,
e as posições se invertem
e o tempo tranforma tudo
em história.
Do amor somos reféns,
e nunca seremos mera "estória".

Dos amigos pouco sei.
Sei que o que diz, por eles são seguindos como lei.
Dos amigos sei dos olhos,
que brilham feito estrelas.
Levantam mãos ao cêus
por sua grandes cenas.
Dos amigos sei da sombra,
que lhe segui e lhe proteje.
Não tem asas, nem auréula,
mas nem por isso menos celeste.

O mundo gira,
e as posições se invertem
e o tempo tranforma tudo
em história.
Do amor somos reféns,
e nunca seremos mera "estória".

Do amor sei intenso,
vive a vida como o palco.
Do mundo, a grande maçã, arranca um grande pedaço.
Da vida sei da cria,
sei dos contos de família.
sei dos medos, sei dos sonhos,
e que disfarça os abandonos.
Da vida sei sorrisos,
da ajuda aos amigos.
Sei do filho,
sei do filho, e novamente sei do filho.

O mundo gira,
e as posições se invertem
e o tempo tranforma tudo
em história.
Do amor somos reféns,
e nunca seremos mera "estória".

Da menina sei a alegria
Da mulher sei poesia
Da alma sei a luz,
sei o Pai, toda a trindade
e o menino jesus.

O mundo gira,
e as posições se invertem
e o tempo tranforma tudo
em história.
Do amor somos reféns,
e nunca seremos mera "estória".

Se lhe vissem como eu,
Alguns mundos se transformariam em paraísos.
Seriam encontrados algumas vidas
e alguns destinos.

Fabio Alavez

Amanhã

Escrever hoje é difícil. Tentei rascunhar e nada. Pensei no que você me contou, junta-se a isso uma noite mal dormida e... Minha cabeça era uma confusão só (Era só o que me faltava ligação sensoriala essa altura do campeonato.). Ainda tem a preocupação com o raio dos 1024 carecteres, assim fica realmente impossível. Vou fechar meus olhos agora, na tentativa de buscar um pouco de inspiração. Sentando numa cadeira de lan house deve ser realmente engraçado. De olhos fechados, penso em você. Queria que "algumas pessoas" a vissem como eu a vejo. Abro os olhos, e me deparo com a sua foto.Tenho vontade chorar por estar sentado aqui. Chorar, Por achar que um simples texto vai ajudar. Hoje não sei o que dizer. Um pouco da poesia sumiu. Lembra da dor no baixo-ventre? Pois é, ela veio com força hoje. Dizer pra não se abater, não vai adiantar. Eu sei. Talvez adiante dizer, que você salvou a minha. Talvez, possa falar de sua beleza e massagear seu ego feminino...Talvez, não devesse dizer nada. As idéias estão confusas hoje. Hoje não foi um dia muito bom, quem sabe amanhã? É... mas o hoje nos grita. Queria estar aí agora, mesmo sem saber o que fazer. Deveria estar aí. Mesmo que seja forte, e não precise de mim, eu deveria estar aí. Droga, escrever é difícil hoje! Botei uma música. Pronto, quem sabe agora fica mais fácil. O que posso dizer? Amo você sabia? Queria poder te dizer, que tudo vai ficar bem, mas não posso. (Isso é coisa que se diga, seu idiota?!). O que posso dizer, é que estarei sempre aqui. O que posso dizer, é que sim, que vi Deus através dos seus olhos e que ele sabe o que faz. Você é uma das pessoas mais fantasticas que já conhece. Cheia de vida e com uma pequena pitada de melencolica, que é pra contra-balançar. Amo você. Bom, talvez hoje não sei um bom dia pra escrever. Quem sabe amanhã.

Fabio Alavez

sábado, 18 de abril de 2009

Nada demais

Se lembra de quando nos vimos
pela primeira vez?
Foi num daqueles domingos de chuva
e ensaio.
Dias que conhecemos bem.
Talvez já tivéssimos esbarrado
em algum outro lugar,
afinal temos amigos em comum.
Não foi mágico,
tão pouco sentimos as famosas
"borboletas na barriga".
Sempre achei que isso não acontece
com as pessoas de verdade.
Naquele domingo,
Nossos olhos não brilharam.
Não nos demos
muita atenção.
Se lembra o que você me disse?
Eu lembro, você disse "OI".
Respondi o que se
responde numa ocasião dessas,
eu disse, - Oi.
Talvez tenha começado aí
sem que percebecemos.
Lembra que você gostou
do meu cordão?
Senti vontade de dá-lo,
mas nada demais.
Sempre soube que pessoas
como nós,
se expõem em demasia.
Naquele dia o nosso papo
trivial era fala de amor.
Lembro de dizer:
- Que Tatuagem legal.
E você se apressar em
dizer:
- É a Lótus.
O que significa mesmo?
Começamos assim.
Nada demais.
Minha vó me disse uma
vez, que mais bonito que
o nascer e morrer do sol,
é ver a alma de alguem
se abrindo.
- Se abrir pro mundo -
Dizia ela.
Já havia visto muito nascer
e morrer de sol, e nem
sabia se alma existia.
Aí eu vi:
Foi naquele sábado à noite.
Lembra?
Você com a cabeça cheia,
andando na rua com aquele
Laptop na mão, e
estava com uns
amigos doído por
uma cerveja.
Lembra que te chamei?
Fomos andando juntos.
Eu pro bar e você pra
casa de uma amiga.
Era caminho pro dois.
Você me contou
seu pensamentos, e
juro,
Quase não prestei
atenção ao que dizia.
Desculpa,
Olhei no fundo dos
seus olhos e vi Deus.
E tudo começou,
assim, sem nada
demais.

Fabio Alavez

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Canção de quem parte

Quem se vai não pode olhar pra trás.
Deve ir.
Sem bagagem, sem medo deve ir.
E pra não dizer que nada levou,
junte a sua parte de lágrimas e saudades,
e pode ir.
Quando virar a esquina da rua, sentira medo, mas também um pouco de alívio.
E aí, Siga enfrente.
Não caia na besteira de lembrar do passado
e mesmo que a música de vocês
toque numa dessas rádios do caminho,
não volte.
Deve ir por hora.
Se console, ninguem nunca à amou como você.
Estamos tão perto de sermos felizes,
que nos sentimos meio personagens de novela.
Mas de repente, os autores nos esquecem,
e nos deixam sem um final,
E um dia triste é o que nos resta.
Mas ir, é um dos fatos irrefutaveis da vida.
Pessoas chegam e vão todos os dias.
E hoje é o seu dia de partir.

Fabio Alavez

Nesses dias

Hoje acordei pensando nela. Como ontem e antes de ontem. Nesses últimos dias, passei acreditar em todos os contos de fadas, e os clichês de filmes românticos me fizeram chorar. Nesses últimos dias, tudo parece tão perfeito, e através dos olhos dela, resgatei minha fé em Deus. Nesses últimos dias, senti o cheiro dela em cada esquina do meu dia. Nesses últimos dias, Tive a certeza que posso fazé-la feliz. Nesses últimos dias, Percebi, que talvez, eu seja mais um dos tantos idiotas candidatos a vida dela. Percebi porém, que ninguem vai amá-la como eu. ninguem a verá, como eu a vejo. Nunca a toquei, e talvez nem a toque. Mas nesses últimos dias, amá-la me fez feliz.

Fabio Alavez

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A cinderela e o trovador

Os olhos dela, estão a profundidades de serem entendidos, e sua a vida é um labito de sorrisos. Entre fraldas e o palco, ela se decifra. Busca forças na melodia dos arcos, E tem seu porto, "no que é o que é... Que as vezes é mãe, as vezes pai e de outra a família inteira e quase nunca uma simples amiga?"... Na sua frágil mansão, pessoas chegam, e pessoas vão, Pessoas ligam, e apenas dois ouvidos não dão conta da situação. Ela é do tipo que se perde no mundo dos sonhos,e é sempre difícil trazé-la de volta.Talvez esteja aí a resposta, cinderela das mais difíceis, Beijos e mais beijos, e nada. Não se pode fazer barulho, para não deixá-la irritada. Lá fora, filas de principes. Todos com suas armaduras de marca, Lindos de se ver. Montados feito reis em seus cavalos multi-coloridos de gnv, Lá dentro ela dormi, Tanto estardalhaço não parece impressioná-la. Ela só quer poesia. Ela só busca amor. No fim da fila, um trovador, à pé e com uma caixa nas mãos. O que terá dentro?


Fabio Alavez

Vidas

Estar apaixonado, é viver duas vidas e achar a sua, um filminho de sessão da tarde. É sentir dores no baixo-ventre que nem suas são. É complicar. É querer misturar vícios e filhos. É ver todos os defeitos, e achar pés sujos de lama coisa mais linda desse mundo. É esquecer todos os tombos de amor, e arrastar asas de ferro. É do alto, ver no monte da caveira Jesus sendo crucificado, e só ter olhos para a virgem imaculada. E heresias à parte, querer beijá-la. É fugir de listas de patrocinadores, e tentar ser poeta. É contar as horas para me transformar em anjo, e fingir de príncipe encantado que busca a dona do pé de havaianas perdido. É acreditar no destino, e rir da ironia de entrar na vida de alguem como um anjo do senhor. É ser prematuro. É ter a trilha sonora do filme "Moulim Rouge"No mp3. É ter vontade louca de fazer amor, e depois vé-la adormecer (estar apaixonado é ser imprudente.). É querer trocar a "terra do nunca", pelo bairro mais feio do mundo...


Fabio Alavez

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ela

Andei pensando nela. E nos olhos e na boca. A voz no telefone, sempre foi linda desse jeito? Saudades, assim, repentinas. Sem mais nem menos uma vontade de contar como foi meu dia. Inacreditável. Como ocorrem as mudanças das estações? Talvez a solidão, ou quem sabe os corações partidos. Bem provável que seja o encontro de dois signos do fogo. Saudades tão sigelas, que até assustam um pouco. Mas só um pouco. E como ela cuida de mim... É, ela cuida de mim. Assim, à distância, mas cuida. Nunca tive muita paciência de ouvir histórias alheias. Sempre preferi inventar, e escutar os meus próprios contos, mas com ela de repente minha boca para, e meus ouvidos se agução. E não era assim, não é mesmo? Nós sabemos. Na bina o nome dela e depois o (Cel), me sinto feliz. São os "bonus" que os novos ares trazem. Começamos sem nem mesmo o pé esquerdo, temos uma história que nem temos, Moro no paraíso e você num pequeno inferno. Talvez tenha começado nos "Bondes roubados" ou sabe Deus onde... Mas continuamos aqui. E aqui, me peguei escrevendo pra ela. E não pra ela. Mas pra ela! E hoje, isso me fez bem.


Fabio Alavez

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Retratação ao último telefonema

Existem três coisas difíceis quando cometemos uma injustiça: Primeiro é reconhecermos quando somos injustos. Segundo: O pedido de desculpas. Terceiro: A aceitação do pedido de desculpas. Todas as três, tornam-se difícil missão, para nos, "HOMENS DE POUCA FÉ" e destruidos pelo caos de nossas vidas. Quando foi que começamos a pensar só em nós desse jeito? Por favor, não respondam. Poupem o que me resta de fé no "BICHO GRILO"; A pouca fé que ainda tenho em mim mesmo. Bom, falo em fé, e fé, não me "linka" diretamente à DEUS, mas sim, ao grande sócrates, o filósofo claro. Quero dizer, que essa afirmação, não tem nada de ateísta. Notem que coloquei o nome DEUS em destaque e o de sócrates não. (Olha, fiz de novo!). Falo de sócrates para citar um de seus maravilhos aforismas: (Me desculpe os cristão, mas isso vai em destaque sim!)."MAIS VALE SOFRER A INJUSTIÇA QUE COMETÊ-LA". O grande filósofo morreu defendendo essas e outras idéias. Mas deixemos o pai da filosofica descansar em paz e vamos continuar sozinhos.

O querido leitor deve estar pensando, onde eu quero chegar com tudo isso. Bom, eu respondo. Trata-se de um retratação pública. Porque? Confesso caro leitor: Fui injusto... E aí de vocês, se me mandarem rezar um Pai-nosso e uma Ave-Maria. Já tem sido difícil demais sem DEUS, imagina com ele? Mas voltando ao que interessa, já passei pela primeira etapa. Sei que fiz certa firula no começo, e até citei o nome do grande filósofo em vão. Porém, chegamos agora a segunda etapa. Tão difícil quanto a primeira, mas nessa fase não se pode fazer tantos rodeios, pois quem foi vítima de uma injustiça, apresenta como um dos principais sintomas, a falta de paciência. Se eu fosse um médico indicaria um injeção de "socratizil"... É... Vamos a fase dois:

A semana começou ruim, sem toques de telefones, e dedos cansados para discar. Mas devô-lhes dizer algo: O telefonema veio. Veio e antes não tivesse vindo. Foi pior, culpa da mágoa. E mágoa e um mar agintado, onde é melhor não se arriscar. Falamos e falamos e nada resolvemos. Foi uma luta as cegas, dolorosa. Mas por algum motivo, ainda havia um certa prudência. Por certo não queríamos machucar mais um ao outro. E DEUS sabe, que era bem possível. Desligamos e acendi um cigarro(hollywoody mentol) e fui até o único lugar onde se pode pensar com clareza e buscar por certa paz interior: NA MESA DE UM BAR. Depois da primeira cerveja, os pensamentos foram ficando claros e eu entendi. Endendi, que o outro lado da linha, sempre pensou em mim. Velava pelo meu bem estar nas sombras. À distância estava e distânte ficaria. Se achando a âncora da minha vida. Onde eu estava que não vi a mão carinhosa que me abençoava? Sabe o que me doí agora? Nem me importe se você o amava. Me perdoe por isso, por que talvez eu nunca consiga me perdoar. Já li pilhas e pilhas de livros, finais felizes e historias tristes. E quando o mundo me cai, não lembro dos bons finais. Lembro do odio e do sofrimento. A gente e complicado né? Vivemos atrás de finais felizes, mas são os tristes que ficam nas lembranças. Novamente, e de joelhos peço perdão, dentro desse templo, que são as pessoas que amo. Devo estar ao seu lado, não importa onde. Você que uma das "SANTAS" nesse templo da religião da amizade. Tu, Um dois meus "SANTOS DO PAU OCO", e que não julguem, pois quem não é? Não tenho palavras para descrever com me sinto mal por tudo isso. No meio dessa tempestade,-que não é feita em copo d'água,- lembrei do olhar de "Eu sei quem você é" , e percebe, que ele não precisava saber. Seria mais fácil para você, pra ele, e talvez até pra mim. Porém, ele soube, por que você tentou me proteger. Acho que devo terminar aqui, mesmo que pareça incompleto. Pois coisas de injustiça levam certo tempo para serem digeridas.

Obrigado!


Fabio Alavez

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Chuva de verão

O que fazer quando tudo o que preciso é ir para casa e descansar? Quando mesmo assim o mundo me convoca e precisa de mim? Meus amigos estão aí, e precisam de mim. Sei que não devo partir, e se preciso, é porque necessito de tempo pra me acostumar com o que mudou. Nunca gostei muito das mudanças, principalmente das mudanças, assim, repentinas, como as chuvas que caem no verão, que são assim, derepente. Chuvas anúnciadas. Talvez só precise de um domingo ensolarado pra descansar, ou talvez leve mais tempo até a poeira se acentar. A vida já é assim, complicada demais pela nossa definição, e os pensamentos me turvam ainda mais a mente. Quem me derá assim, ter o dom da ignorância. Os ignorântes não lhe parecem assim, tão felizes?... Meus amigos me chamam agora, você pode escutar? Estão na sala de leitura. já sentaram-se à mesa. Dizem que só falta eu, mas assim, vejo que o Léo ainda não chegou.
Se eles pudessem se ver como eu os vejo... Um sorriso de canto de boca me surgi, me sinto em casa, assim, derepente. Penso que sou o mais velho entre eles, talvez meio pai, meio irmão mais velho... Não sei. Mas assim, deixem-me ir agora, eles dizem que só eu falto, e assim, vejo que o Léo acabou de chegar.


Fabio Alavez