domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ela

Andei pensando nela. E nos olhos e na boca. A voz no telefone, sempre foi linda desse jeito? Saudades, assim, repentinas. Sem mais nem menos uma vontade de contar como foi meu dia. Inacreditável. Como ocorrem as mudanças das estações? Talvez a solidão, ou quem sabe os corações partidos. Bem provável que seja o encontro de dois signos do fogo. Saudades tão sigelas, que até assustam um pouco. Mas só um pouco. E como ela cuida de mim... É, ela cuida de mim. Assim, à distância, mas cuida. Nunca tive muita paciência de ouvir histórias alheias. Sempre preferi inventar, e escutar os meus próprios contos, mas com ela de repente minha boca para, e meus ouvidos se agução. E não era assim, não é mesmo? Nós sabemos. Na bina o nome dela e depois o (Cel), me sinto feliz. São os "bonus" que os novos ares trazem. Começamos sem nem mesmo o pé esquerdo, temos uma história que nem temos, Moro no paraíso e você num pequeno inferno. Talvez tenha começado nos "Bondes roubados" ou sabe Deus onde... Mas continuamos aqui. E aqui, me peguei escrevendo pra ela. E não pra ela. Mas pra ela! E hoje, isso me fez bem.


Fabio Alavez

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Retratação ao último telefonema

Existem três coisas difíceis quando cometemos uma injustiça: Primeiro é reconhecermos quando somos injustos. Segundo: O pedido de desculpas. Terceiro: A aceitação do pedido de desculpas. Todas as três, tornam-se difícil missão, para nos, "HOMENS DE POUCA FÉ" e destruidos pelo caos de nossas vidas. Quando foi que começamos a pensar só em nós desse jeito? Por favor, não respondam. Poupem o que me resta de fé no "BICHO GRILO"; A pouca fé que ainda tenho em mim mesmo. Bom, falo em fé, e fé, não me "linka" diretamente à DEUS, mas sim, ao grande sócrates, o filósofo claro. Quero dizer, que essa afirmação, não tem nada de ateísta. Notem que coloquei o nome DEUS em destaque e o de sócrates não. (Olha, fiz de novo!). Falo de sócrates para citar um de seus maravilhos aforismas: (Me desculpe os cristão, mas isso vai em destaque sim!)."MAIS VALE SOFRER A INJUSTIÇA QUE COMETÊ-LA". O grande filósofo morreu defendendo essas e outras idéias. Mas deixemos o pai da filosofica descansar em paz e vamos continuar sozinhos.

O querido leitor deve estar pensando, onde eu quero chegar com tudo isso. Bom, eu respondo. Trata-se de um retratação pública. Porque? Confesso caro leitor: Fui injusto... E aí de vocês, se me mandarem rezar um Pai-nosso e uma Ave-Maria. Já tem sido difícil demais sem DEUS, imagina com ele? Mas voltando ao que interessa, já passei pela primeira etapa. Sei que fiz certa firula no começo, e até citei o nome do grande filósofo em vão. Porém, chegamos agora a segunda etapa. Tão difícil quanto a primeira, mas nessa fase não se pode fazer tantos rodeios, pois quem foi vítima de uma injustiça, apresenta como um dos principais sintomas, a falta de paciência. Se eu fosse um médico indicaria um injeção de "socratizil"... É... Vamos a fase dois:

A semana começou ruim, sem toques de telefones, e dedos cansados para discar. Mas devô-lhes dizer algo: O telefonema veio. Veio e antes não tivesse vindo. Foi pior, culpa da mágoa. E mágoa e um mar agintado, onde é melhor não se arriscar. Falamos e falamos e nada resolvemos. Foi uma luta as cegas, dolorosa. Mas por algum motivo, ainda havia um certa prudência. Por certo não queríamos machucar mais um ao outro. E DEUS sabe, que era bem possível. Desligamos e acendi um cigarro(hollywoody mentol) e fui até o único lugar onde se pode pensar com clareza e buscar por certa paz interior: NA MESA DE UM BAR. Depois da primeira cerveja, os pensamentos foram ficando claros e eu entendi. Endendi, que o outro lado da linha, sempre pensou em mim. Velava pelo meu bem estar nas sombras. À distância estava e distânte ficaria. Se achando a âncora da minha vida. Onde eu estava que não vi a mão carinhosa que me abençoava? Sabe o que me doí agora? Nem me importe se você o amava. Me perdoe por isso, por que talvez eu nunca consiga me perdoar. Já li pilhas e pilhas de livros, finais felizes e historias tristes. E quando o mundo me cai, não lembro dos bons finais. Lembro do odio e do sofrimento. A gente e complicado né? Vivemos atrás de finais felizes, mas são os tristes que ficam nas lembranças. Novamente, e de joelhos peço perdão, dentro desse templo, que são as pessoas que amo. Devo estar ao seu lado, não importa onde. Você que uma das "SANTAS" nesse templo da religião da amizade. Tu, Um dois meus "SANTOS DO PAU OCO", e que não julguem, pois quem não é? Não tenho palavras para descrever com me sinto mal por tudo isso. No meio dessa tempestade,-que não é feita em copo d'água,- lembrei do olhar de "Eu sei quem você é" , e percebe, que ele não precisava saber. Seria mais fácil para você, pra ele, e talvez até pra mim. Porém, ele soube, por que você tentou me proteger. Acho que devo terminar aqui, mesmo que pareça incompleto. Pois coisas de injustiça levam certo tempo para serem digeridas.

Obrigado!


Fabio Alavez

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Chuva de verão

O que fazer quando tudo o que preciso é ir para casa e descansar? Quando mesmo assim o mundo me convoca e precisa de mim? Meus amigos estão aí, e precisam de mim. Sei que não devo partir, e se preciso, é porque necessito de tempo pra me acostumar com o que mudou. Nunca gostei muito das mudanças, principalmente das mudanças, assim, repentinas, como as chuvas que caem no verão, que são assim, derepente. Chuvas anúnciadas. Talvez só precise de um domingo ensolarado pra descansar, ou talvez leve mais tempo até a poeira se acentar. A vida já é assim, complicada demais pela nossa definição, e os pensamentos me turvam ainda mais a mente. Quem me derá assim, ter o dom da ignorância. Os ignorântes não lhe parecem assim, tão felizes?... Meus amigos me chamam agora, você pode escutar? Estão na sala de leitura. já sentaram-se à mesa. Dizem que só falta eu, mas assim, vejo que o Léo ainda não chegou.
Se eles pudessem se ver como eu os vejo... Um sorriso de canto de boca me surgi, me sinto em casa, assim, derepente. Penso que sou o mais velho entre eles, talvez meio pai, meio irmão mais velho... Não sei. Mas assim, deixem-me ir agora, eles dizem que só eu falto, e assim, vejo que o Léo acabou de chegar.


Fabio Alavez