quinta-feira, 16 de julho de 2009

O tropeçador de estrelas

Com as idéias nas nuvens,
tropeçei nas palavras
que escrevi.
Dos pensamentos indizíveis,
fiz estórias e contos da
carochinha.
Ergui castelos de cartas e
destruí dinastías.
Por isso,
Desculpe-me.
Sou um tropeçador de estrelas.

Cantarolando alguma música
que me descobre
quem sou,
deixei de ver o "o que"das coisas.
Tentando lembrar
aquele último verso
da poesia de Drumond,
Pareci mágico e lhe
deixei fora do "Número mais importante".
Por isso,
Desculpe-me
Sou um tropeçador de estrelas.

Me tornei bom arqueiro
de palavras e lancei
dardos venenosos.
Li meus livros como bulas.
segui arrisca as instrusões
e no final, tive minha alma
roubada por J.D Sallinger.
Por isso,
Desculpe-me.
Sou um tropeçador de estrelas.

Fui à marte e te deixei
com os pés fincados em
terra.
Fui senhor do império da lua.
Brinquei de pirata e
você ficou à deriva.
A ver navios que
nunca apareceram.
Tornei-me proprietário
de sete mares secos.
Por isso,
Desculpe-me.
Sou um tropeçador de estrelas.

Um tropeçador de estrelas.


Fabio Alavez

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Foto antiga

O que fazer quando os dedos se vão com os anéis?
Quando o "Amém" deixou de ser o final e
chegamos cansados em casa ao amanhecer?
Todos os que acreditavam já se foram
e os dia são mais curtos agora.
Nossas fotos hoje tem o amarelo artificial
dos efeitos especias.
Com as frases, o que fazemos além de promessas?
Amanhã esqueceremos esses dias,
e nunca mais estaremos aqui.
Por enquanto achamos que tudo veleu a pena
e que podemos consertar tudo.
Talvez no final, voltemos ao ponto de partida.
Os dedos sejam devolvidos
e os anéis esquecidos.

O apanhador